O crescimento populacional, a industrialização, o aumento da produção, a urbanização acelerada, a poluição, todas essas ações humanas levam à geração de resíduos. Para que seja possível minimizar o impacto desses resíduos, precisamos de um gerenciamento adequado para evitar o potencial contaminante que a disposição irregular causa no solo, nos mananciais hídricos, na atmosfera e nos seres vivos.
O entendimento da problemática da geração de resíduos e a busca de soluções para tal, significam muito mais do que a adoção de tecnologias, e deverá agir na origem do problema, o que exige reflexão não sobre os resíduos em si, ou no aspecto material, mas sim quanto o seu significado simbólico e seu papel na contextualização cultural, e também sobre as relações históricas estabelecidas pela sociedade com os seus rejeitos.
As mudanças de paradigmas ainda são lentas na prevenção da poluição do parque industrial brasileiro, principalmente considerando o modelo antigo de produção, onde processos mal planejados são ineficientes, elevando a carga poluidora gerada e com isso aumentando o risco de acidentes ambientais. Dessa forma são necessários altos investimentos para existência de um maior e melhor controle ambiental, gerando também altos custos de despoluição, para controlar a emissão de poluentes, o lançamento de efluentes e disposição final de resíduos perigosos.
Para elaboração de um projeto de gerenciamento de resíduos é fundamental saber detalhadamente todas as etapas envolvidas nos diversos processos, sejam eles produtivos, de manutenção, etc. No gerenciamento, a correta segregação e disposição desses resíduos facilitam e aumentam o volume possível de reciclagem, proporcionando o crescimento do mercado, agregando valor, estimulando a criação de centrais de coleta e armazenamento, cooperativas de reciclagem, além de direcionar para o desenvolvimento de outros projetos inovadores para aproveitamento de resíduos.
Leandro Gomes
Diretor de Meio Ambiente